‘FIM DE PARTIDA’
(ENDGAME)
DE SAMUEL BECKETT
COMPANHIA DE TEATRO DE SINTRA – CHÃO DE OLIVA
‘Fim de Partida’ é talvez a peça mais fascinante de Samuel Beckett. Escrita originalmente em francês (‘Fin de Partie’, 1957), foi traduzida para inglês pelo próprio Beckett com o título ‘Endgame’.
Num espaço fechado (bunker, abrigo) as duas personagens principais (Hamm e Clov) agem e dialogam num jogo de repetições próprio da comédia burlesca e claramente inspirado em personagens como Buster Keaton ou Laurel & Hardy.
Hamm está paralisado e é cego. Clov não se pode sentar. Entre estas duas personagens estabelecem-se relações de poder, manipulação, dependência e submissão que nos dão a ver uma disfuncional ligação entre ambas. Nesta peça árida (que conta ainda no mesmo espaço com os pais de Hamm enfiados em caixotes de lixo), só o jogo, a repetição e o diálogo permitem que se sobreviva. Lá fora tudo é cinzento e talvez a vida não tenha lugar. Pelo menos neste lugar fechado (que protege mas também delimita um território) talvez seja possível o simulacro de uma vida sempre adiada. De entre todas as personagens, parece que só Clov tem capacidade para criar um verdadeiro acontecimento e alterar a rotina em que se encontram. Enuncia-o no início da peça. Até ao fim, ficamos suspensos da sua tomada de decisão.
Autor: Samuel Beckett;
Encenação e cenografia: Carlos Pimenta
Tradução: Francisco Luís Parreira
Interpretação: Pedro Lacerda, Ivo Alexandre, Nuno Correia Pinto e Anabela Faustino
Desenho de luz: Rui Monteiro
M/14 anos
(ENDGAME)
DE SAMUEL BECKETT
COMPANHIA DE TEATRO DE SINTRA – CHÃO DE OLIVA
‘Fim de Partida’ é talvez a peça mais fascinante de Samuel Beckett. Escrita originalmente em francês (‘Fin de Partie’, 1957), foi traduzida para inglês pelo próprio Beckett com o título ‘Endgame’.
Num espaço fechado (bunker, abrigo) as duas personagens principais (Hamm e Clov) agem e dialogam num jogo de repetições próprio da comédia burlesca e claramente inspirado em personagens como Buster Keaton ou Laurel & Hardy.
Hamm está paralisado e é cego. Clov não se pode sentar. Entre estas duas personagens estabelecem-se relações de poder, manipulação, dependência e submissão que nos dão a ver uma disfuncional ligação entre ambas. Nesta peça árida (que conta ainda no mesmo espaço com os pais de Hamm enfiados em caixotes de lixo), só o jogo, a repetição e o diálogo permitem que se sobreviva. Lá fora tudo é cinzento e talvez a vida não tenha lugar. Pelo menos neste lugar fechado (que protege mas também delimita um território) talvez seja possível o simulacro de uma vida sempre adiada. De entre todas as personagens, parece que só Clov tem capacidade para criar um verdadeiro acontecimento e alterar a rotina em que se encontram. Enuncia-o no início da peça. Até ao fim, ficamos suspensos da sua tomada de decisão.
Autor: Samuel Beckett;
Encenação e cenografia: Carlos Pimenta
Tradução: Francisco Luís Parreira
Interpretação: Pedro Lacerda, Ivo Alexandre, Nuno Correia Pinto e Anabela Faustino
Desenho de luz: Rui Monteiro
M/14 anos