Capão à Freamunde

Paços de Ferreira
Descrição / Comodidades

Iniciou-se em 2006 e conta com a parceria de vários restaurantes do concelho que aderem á iniciativa. Atualmente conta com 8 anos de existência e foi alargada a duas semanas pela imensa procura que tem.
Um dos pontos altos da Semana Gastronómica é a 12 de Dezembro, com o Concurso Gastronómico / Jantar “Capão à Freamunde”. Neste evento, os restaurantes aderentes levam o seu capão a concurso, onde o prato é apreciado e avaliado por um júri, sendo posteriormente comunicado o vencedor no Jantar e entregues os respetivos prémios. O Jantar é um momento sublime de degustação desta tão mui nobre iguaria. É mais uma oportunidade para a promoção deste prato que encanta apreciadores e cujo produto se encontra certificado como Indicação Geográfica Protegida (IGP) pelo despacho nº4253 de 7 de Março de 2011.
Diz o provérbio popular "Do frango capão a perna, e da galinha o peito". Excelente assado, com ou sem recheio, coleciona apreciadores famosos. O escritor Camilo Castelo Branco, autor de Amor de Perdição (1862), aconselhava-o ligeiramente flambado com aguardente velha e conduzido à mesa com a pele estaladiça. Historial do Capão

A origem do capão remonta aos tempos romanos diz-se que na Roma antiga, o cônsul Caio Cânio, restringido nas suas horas de sono, pelo alvorecer sonoro dos galos, teria conseguido fazer aprovar uma lei no senado que proibia a existência dos galináceos, no perímetro urbano da cidade.
Privados do prazer da sua carne, os súbditos logo inventariam uma forma engenhosa de contornar a disposição legal – capando os galos. Surgia assim o capão, o sápido eunuco que, na sua nobreza e requinte, se tornou comparável ao faisão, à perdiz e à galinhola.
Diz-se que desvirilizados, eles pararam de cantar, para consolar a perda da função, começaram a alimentar-se compulsivamente e a engordar bastante. Ao serem abatidos, mostraram-se iguarias sublimes. Os romanos descobriram que quanto mais cedo fosse realizada a castração, melhor seria o sabor da carne.
E, pelos caminhos de Roma, chegaria até nós este costume e este processo que enriquecia a gastronomia e a alimentação da região, acrescentando-lhe nova e delicada iguaria.
Vários autores se referiram ao capão como “Manjar dos Reis” em suas obras, mereceu atenção de Gil Vicente, D. Francisco Manuel de Melo, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós.
Mas para que o deleite seja maior e saboreado como um manjar real e sublime, deve ser preparado “à Freamunde”.
A par de uma riqueza nutritiva e um sabor delicado, as suas origens fazem parte do património lendário da região.

Feira dos Capões/ Feira de Santa luzia

Instituída por provisão régia d' El-Rei D. João V, a 3 de Outubro de 1719, "rezestada na chancellaria Mor da Corte e Reino no livro de offícios a mercês a folhas quarenta e oito; em Lisboa occidental dois de Novembro de mil setecentos e dezanove(...)”
Alguns historiadores referem que "a Feira dos Capões já se realizava no séc. XV. Ainda nos dias de hoje em Freamunde, a “Feira dos Capões” realiza-se a 13 de Dezembro, e coincide com a data em que a liturgia católica venera Santa Luzia, a protetora da visão. Os alegados motivos de atração de milhares de Forasteiros à Cidade de Freamunde, é o da compra dos capões aliando também a fé religiosa, venera-se na capelinha de Santo António, situada no mesmo terreiro da feira.
Para os boémios, manda a tradição que seja os primeiros fregueses da afamada “Barraquinha das Festas Sebastianas”, onde servem rojões, fêveras …. regadas com o novo verde tinto da região que é de praxe.
A Feira conta com a eleição do melhor “Capão Vivo” no sentido de dar a conhecer a especificidade deste produto que, se não for bem castrado, não ganha determinadas características, sendo nesse caso chamado “Rinchão”.
Parceiros

AJAF- Associação Juvenil ao Futuro

Fundação: 14 de Julho de 1992
Propósitos: Promover iniciativas de âmbito social e cultural. De salientar que foi esta a mentora do Concurso Gastronómico/Jantar de “Capão à Freamunde” e a primeira grande impulsionadora deste evento.

Associação de Criadores de Capão de Freamunde

Fundação 29 de Outubro de 1999
Propósitos: Promoção e divulgação da autenticidade do Capão.
Lutou pelo Processo de Certificação do Capão como Indicação Geográfica Protegida (IGP), que ficou concluída em Janeiro de 2011. Além da Identificação do Animal, junto do produtor na altura da castração, esta assume, por sua vez, “ o compromisso de manter os registos do rastreio dos efetivos atualizados”.

Confraria do Capão

Fundação: 13 de Dezembro de 2001

Traje: É constituído pela capa grenat escuro debruada a negro, chapéu da mesma cor ornado com uma pena de capão.

Insígnia: Fita larga amarela com o fecho constituído pela medalha da confraria.

Propósitos: Defender e divulgar a autenticidade da verdadeira receita do "Capão à Freamunde" sem, contudo, se opor à evolução de outras variantes.

Morada: Rua do Grupo Teatral Freamundense, Freamunde, Portugal/Av. 1º de DezembroPaços de Ferreira
Telefone: 300400014
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